segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Hipertexto

Tânia Rosa

A primeira concepção de hipertexto é atribuída a Vanner Bush, considerado pai da idéia de hipertexto após a publicação do artigo “As We May think” em 1945. Bush idealizou criar um sistema que pudesse de maneira eficiente e rápida organizar e armazenar um volume crescente de dados e informações e além disso possibilitar pesquisadores a utilizar desse sistema para buscar as informações guardadas.
Em 1974 Nelson criou o termo hipertexto e ainda idealizava colocar toda a literatura do mundo num sistema gigantesco de hipertexto. Com o advento da informática a idéia de Nelson tomou uma dimensão muito maior e chegamos ao chamado hipertexto nas telas dos computadores que interligam através dos links uma gama de conteúdos, informações e possibilitam a organização de textos, sons e imagens. Concretizando assim o sonho de Bush, de criar uma máquina com a função inteligente que poderia ajudar o homem a viver melhor.
Na década de 90 Levy publicou a obra, A conexão plenária, que apresenta um conceito bem mais amplo de hipertexto.

Tecnicamente, um hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos, seqüência sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos. Os itens de informação não são ligados linearmente, como em uma corda com nós, mas cada um deles, ou a maioria, estende suas conexões em estrela, de modo reticular. Navegar em um hipertexto significa portanto desenhar um percurso em uma rede que pode ser tão complicada quanto impossível. Porque cada nó pode, por sua vez, conter uma rede inteira. (Lévy, 1993, p.33)


Para o filósofo francês o Hipertexto era uma metáfora do mundo sem barreiras em que texto e pessoas estão ligados. Desse modo, o hipertexto não é apenas blocos de informação ligados por links, mas um recurso de interação, um modelo de pensamento, uma simulação das capacidades cognitivas da mente humana.

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